sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Trecho de O Observador no Escritório, Carlos Drummond de Andrade


Neste livro, publicado em 1985, Carlos Drummond registra, na forma de diário, fatos da história política e artística brasileira entre as décas de 40 e 70. Sobre Niomar, esta prisão que cita ocorreu em 1969 em função da tentativa de publicação pelo Correio da Manhã de um dossiê sobre a censura, prisões e tortura.
CDA havia trabalhado como cronista entre 1954 e 1969 no Correio da Manhã e muito se orgunhava disso, conforme citação encontrada no trabalho de Claudia Poncione, disponível em http://www.letras.ufmg.br/poslit/08_publicacoes_txt/er_8/er08_cp.pdf.

"(…) e uma casa como o Correio, onde se dá ao cronista liberdade de pensar, sentir e escrever ao sabor de sua fantasia – às vezes na direção oposta à da própria casa – é uma alegria para a gente. Se Paulo Bittencourt estiver me lendo, permita que quebre o padrão, assinalando a originalidade de um jornal assim. E peço a Antônio Callado que não risque o nome seu, Callado, ao passar os olhos pela matéria: nosso redator-chefe mostra que o jornal pode ser obra de arte, sem aspirar a isto." (CDA, 1956)

Nenhum comentário:

Postar um comentário